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O descaso do Flamengo com o futebol feminino

A continuidade da união do Clube com a Marinha é reflexo da falta de importância dada pelos dirigentes para a modalidade

O Clube de Regatas do Flamengo possui uma vasta história em diversos esportes. Como o nome sugere, começou com o Remo, depois veio o futebol, basquete, vôlei, ginástica olímpica dentre outros. E foi dessa forma que a instituição chamou e chama a atenção por todo o planeta. Um Clube formador de grandes talentos que, atualmente, destaca-se pela sua invejável infraestrutura, pavimentada durante anos de reequilíbrio das receitas e saneamento de dívidas.

O maior investimento é, obviamente, colocado no futebol masculino. O Centro de Treinamento está entre os melhores da América do Sul, com aparelhos utilizados em CT’s de gigantes europeus, além de contar com jogadores de altíssimo nível. O tamanho dos salários impressiona, mas o engajamento do Clube fala por si: é a instituição esportiva que mais é citada nas redes sociais do mundo.

Apesar de todo o desenvolvimento do Rubro-Negro, alguns esportes não recebem a devida atenção tampouco reconhecimento de sua importância. O futebol feminino muito provavelmente é a modalidade com maior dificuldade de avançar dentro do país, por conta de uma sociedade estruturalmente machista que só iniciou o processo de aceitação do esporte no meio profissional em 1983, quando este foi regulamentado pela justiça brasileira. Mesmo assim, quase 40 anos depois, muitas das principais equipes do país bancam seus times femininos com investimentos praticamente amadores. No caso do Flamengo, o Clube realiza, desde 2015, uma parceria com a Marinha, que disponibiliza o Centro de Treinamento, departamento médico e comissão técnica para o projeto. O Rubro-Negro participa de poucas ações burocráticas, mas suas cores e escudo são estampados na camisa. Porém, a reflexão que fica é a seguinte: por que o Flamengo Feminino não está em outro patamar?

O início do projeto feminino

O Clube iniciou sua trajetória no futebol feminino em 1996, quando disputou o Campeonato Carioca contra times como o Vasco, Botafogo e Fluminense-dentre outros menos expressivos- até 2001, quando a FERJ decidiu não organizar o torneio pela falta de estrutura e visibilidade. Dessa forma, o clube oriundo da Gávea não manteve seu elenco, que não havia conquistado nenhuma das edições.

Dez anos depois, o Flamengo fechou parceria com a Prefeitura de Guarujá, cidade localizada no litoral paulista, onde o elenco treinava. O objetivo do Rubro-Negro era contratar a maior jogadora de todos os tempos Marta, mas não foi possível. Longe da Sede, a equipe possuía atletas de alto nível como Thaisinha, que vestia a amarelinha na época, mas não empolgava os torcedores. A distância física, a falta de investimentos do país no esporte e do próprio Flamengo inviabilizaram a criação de uma identidade.

Após 4 anos com pouquíssimo espaço, uma notícia alegrou os admiradores do futebol feminino na Gávea. O vice-presidente geral do Clube anunciou a parceria entre Flamengo e Marinha para investir no esporte, o que foi comemorado por todos. Sendo assim, o Clube participaria do Campeonato Brasileiro e da preparação das atletas para os campeonatos militares. Nesse mesmo ano, veio o primeiro troféu: o Campeonato Carioca. O time fortificou-se e conseguiu seu maior título até hoje no ano seguinte: o Campeonato Brasileiro. Além disso, foi bicampeão estadual. Vale ressaltar que o Rubro-Negro foi a primeira equipe a conquistar o nacional sem ser de São Paulo, disparado o Estado que mais possui times fortes e grandes investimentos.

Os problemas da união

A gestão do Presidente Eduardo Bandeira de Mello entrou com a missão de reerguer o Clube, que estava afundado em dívidas. A decisão de compartilhar as responsabilidades e gastos com a Marinha foi corretíssima, deu frutos (títulos) e manteve a ideologia política de tratar como prioridade o afunilamento dos problemas. Porém, alguns questionamentos são necessários:

A partir de 2017, o Rubro-Negro já estava em condições infinitamente melhores com relação a infraestrutura do que em 2011 e 2015. O Presidente foi completamente eficiente na administração financeira do Flamengo, tornando o time, há três anos atrás, forte e competitivo. Na categoria masculina, o Clube quase foi campeão brasileiro no ano anterior e por pouco não se sagrou campeão da Copa do Brasil e da Sul-Americana em 2017, quando foi vice nos dois torneios. Já que o Flamengo se encontrava em boas condições, por que não fomentar um debate sobre o término de relações com a Marinha e construir um time feminino gerido exclusivamente pelo Flamengo? Como exemplo temos o Corinthians, que sempre foi uma potência com parcerias, mas rompeu relações com o Audax e hoje investe forte na modalidade.

A Marinha é responsável pela maior parte do projeto, inclusive paga os salários das atletas. O Flamengo entra em ação para ceder camisas e o Estádio da Gávea, que atualmente é utilizado para partidas do feminino e das categorias de base do masculino. Vale ressaltar a péssima qualidade do gramado da Sede, o que poderia ser facilmente melhorado pelos dirigentes. Além disso, as atletas passaram por situações vergonhosas dentro de campo. Este ano, foi possível notar a falta de banco de reservas adequados nas partidas que o Rubro-Negro era mandante. Os jogos eram realizados em horários de sol escaldante, tornando a questão ainda pior. A diretoria se pronunciou e disse que havia encomendado o banco tradicional, que não havia chegado. Lastimável isso acontecer no meio de um campeonato.

Foco no banco de reservas no canto superior da imagem (Foto: Reprodução)

Talvez algumas pessoas pensem: “se a parceria funciona, por que romper?” Faz muito sentido, mas a resposta está na autonomia. Com a união, o time possui compromissos com a Marinha que interferem no calendário e na ideologia do projeto, causando problemas. Ano passado, ocorreu o maior deles — que me fez escrever esse texto. O Flamengo se classificou para a Copa Libertadores em 2019, mas abriu mão da vaga para participar dos Jogos Mundiais Militares em Wuhan, na China. O fato deveria ser considerado um absurdo dentro do Clube, porém a Marinha tinha esse direito.

O Brasil passou a se conectar mais com o futebol feminino a partir da Copa do Mundo Feminina em 2019, na qual a seleção foi eliminada nas oitavas de final, mas conquistou os torcedores. A visibilidade na televisão aberta, junto com o engajamento da população nas redes sociais impulsionaram o esporte. Momento perfeito para o Flamengo, Clube mais rico do país, abrir um novo capítulo na modalidade no Brasil. Atualmente, o Flamengo tem tudo para iniciar um projeto solo e conquistar a Nação Rubro-Negra. O único empecilho são os dirigentes.

Por ora, torçamos para que o futebol feminino fique cada vez mais competitivo, derrotando pouco a pouco o machismo estagnado na sociedade e viabilizando a concretização de um país formador de grandes jogadoras.

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